Nossa única certeza é a morte Um princípio e razão fundamental Sua fria beleza é uma arte Nosso elo final com a perfeição Sutileza cirúrgica de um corte A navalha de ockan na razão Todo o resto é incerto e duvidoso E quedamos a nossa própria sorte Não é divino nem maravilhoso Um deserto sem Sol na escuridão Uma voz de dentro de um fosso Numa língua que não tem tradução Quando tudo jazer inerte Como a lâmina dura do metal Quando o sangue Estancar sua corrente E então soçobrar respiração Viver cada segundo eternamente Sem sofrer por antecipação Não vai haver qualquer despesa Nem sequer um funeral Um átimo de delicadeza O peso a entrar em suspensão 21 gramas de leveza Nossos pés já não mais Ao rés do chão E se a vida for como uma brisa Um sopro reverso e terminal O pescoço não sustentar cabeça O esforço não encontrar ação Esse é o princípio da incerteza Essa é a nossa condição