Em algum momento parei de me impressionar Com as cores, formas, animais e as estrelas É tudo tão normal, que nem digo mais Olha a Lua quando a vejo Sofisticadas coisas triviais encurtam os dias Negam a vida e toda sua grandeza É mais fácil desistir Do que encarar a vida E vencer o próprio ego Desprender e respeitar Dividir e aceitar Não faz parte de outro reino Vamos viver a boa hora Plantar e colher ainda é a obra Não fosse tudo que eu destruí Ainda seria paraíso Não fosse a maldade e inquietação Me impressionaria a criação Onde reina a vontade de poder Até o sagrado pode ser negociado A ambição do paraíso cria o inferno Onde o fanático tem álibi perfeito E a evolução, que ergueu o homem Ameaça o barro Ameaça o barro