Huh, ó O cara de poucos amigos segue habituado a pensar no pior O peso do mundo nos ombro, não vejo meu filho, nem mais meu menor Privado, só que no caso essa não é minha propriedade Visado, só que quem me julga não sabe o que é viver à margem Vivendo numa guerra de ego Desmontando mandado igual Lego Minha mulher lá fora, eu aqui dentro Meu irmão quer seguir meu exemplo Nóis tem menos do que nós precisa Cada hora uma nova notícia Ironia da vida, eu virando bandido, e meu mano de infância, polícia Sobrevivendo no inferno e sonhando com o paraíso Sete ano jogado no lixo, me sentindo morto mermo tando vivo Desenhando na carta a cara do meu filho mermo se eu nunca ter visto Te provando que o processo é lento e, se cai aqui dentro, o bagulho é sinistro São histórias de um favelado Com poucas oportunidade Só quero uma segunda chance Pa mudar minha realidade Ilusão foi pensar que isso ia dar certo Minha mulher já deve tá com outro e minha cama agora é um pedaço de concreto Imagina a mente do meu filho Nem avô chamando ele de neto Meu pai eu perdi pro cigarro, minha mãe pro Covid, minha cova tá perto Meu irmão dizendo que me ama Só que tá deslumbrado com o crime, pensando que isso traz dinheiro e fama Imaginando eu levando meu filho nas orla de Copacabana Não dá pra mudar meu passado, mas sinto que o futuro me chama São histórias de um favelado Com poucas oportunidades Só quero uma segunda chance Pra mudar minha realidade São histórias de um favelado Com poucas oportunidades Só quero uma segunda chance Pra mudar minha realidade