Pintaram retratos bonitos Com todas as cores possíveis Lindas flores nos vasos coloridos Envenenadas com o próprio perfume E as almas foram aprisionadas A marca deixada no cimento fresco O dedo cravado no choque da tomada E ao dobrar outra esquina... Tropeçando nos cadáveres! As luzes de neom na vitrine o vison Tudo o que eu vi foi destituído de cor Sem gosto sem vida a música proibida Na rádio comunitária o choro coletivo O lixo revirado o cachorro sarnento O inferno e aqui no sol de verão Amanhã o dia vai amanhecer cinzento Em sinal de luto pois logo as flores ... Vão morrer nessa metrópole!