Como medir desigualdade sem saber o que é verdade Sem saber em qual esquina pode tropeçar? Dinheiro pouco é tiração, falta saúde, educação Sobra esperança que habita Mas vai acabar Quando se vai à oração, se perde a casa, perde o chão Fila do emprego que só cresce, não vai parar Um troco pouco é ilusão dos verme que enche a mão Passando a perna nos muleque que vive a pensar A vida toda nos busão, bate ponto, lotação Mais de 3 horas mais um dia que não viu passar Final do dia deita então Deixa pra trás preocupação Já tem de novo mais um dia pra se superar Como podemos viver? E dormir? Prontos pra guerra Mais um dia Sempre na espera De viver, porque a vida não espera Todo dia Eu vou pronto pra guerra! Todos os dias correndo antenado Todas as cores pelo mesmo lado Todas raízes que vem superado Desigualdade e o racismo velado Todos moleques e pais enterrados Todas famílias de punhos cortados Todos senhores que vem nos roubado Vestidos bonitos de terno importado Todo guerreiro que foi derrubado Todas mulheres que vem relutado Todas as causas que tem encontrado Força no estudo e no som dos chegado Todos iremos pro mesmo caixão Cedo ou tarde vivendo, ou em vão Todos unidos na mesma missão Por dignidade mesmo condição Como podemos viver? E dormir? Prontos pra guerra Mais um dia Sempre na espera De viver, porque a vida não espera Todo dia Eu vou pronto pra guerra!