[Intro]Am [Primeira Parte] Am F Em silêncio profundo, eu me volto ao precipício Dm Am E Onde ecos secretos dançam em seus vícios Am F Quem sou eu, senão sombras que disputam meu ser? Dm Am E Ouço mais de mil vozes que insistem em se esconder Am F Olho-me atento, na margem do meu querer Dm Am E Revelo os fantasmas que ousam me pertencer Dm Am Mas não sou um só, sou legião dividida E Am E Fragmentos dispersos na senda esquecida [Segunda Parte] Am Eu não sou um nome, nem fôlego eterno F Mas vultos errantes no templo interno Dm Vozes que gritam desejos e paixões Am E Eu me vejo em pedaços, mil contradições [Ponte] Am Mas aquele que observa, silente vigia F Paira além do caos, em serena alquimia Dm Na dualidade me parto em dois E Sou o que escuta aquele que vem depois [Refrão] Am Auto-observar-se é espada em brasa F Que corta a mentira que em nós se flagra Dm Um passo além do Eu, um salto ao vazio E7 Am Morrendo no falso, da navalha é o fio Am F Que cada olhar volte-se pra dentro Dm E veja o teatro do pensamento E7 Pois quem vigia, no fim descobrirá F E Am Que é no deserto que a luz brotará [Terceira Parte] Am F Sei que no engano, me julguei indiviso Dm Um só senhor em trono impreciso Am Mas há um teatro dentro de mim E7 Am Onde mil atores disputam o fim F Cada pensamento, um eu que clama Dm Cada emoção, um fogo que inflama E7 Mas quem se ergue em clara visão Am Desvela as correntes da prisão [Quarta Parte] Am Na luz da atenção, tudo se rasga F Ilusão de unidade se torna frágil casca Dm Quem vê as marionetes a se debater E Liberta a alma do falso poder [Ponte] Dm E não há mudança sem ver o real Am Sem despir-se do orgulho, do mito fatal E7 Não basta saber, é preciso sentir Am Ser dois em si mesmo, pra então se abrir [Refrão] Am Auto-observar-se é espada em brasa F Que corta a mentira que em nós se flagra Dm Um passo além do Eu, um salto ao vazio E7 Am Morrendo no falso, da navalha é o fio Am F Que cada olhar volte-se pra dentro Dm E veja o teatro do pensamento E Pois quem vigia, no fim descobrirá F E/G# Am Que é no deserto que a luz brotará [Solo] Bm A#m A#/D A G#m G F#m Em D C Bm Am D G D Cm Am E [Refrão] Am F Auto-observar-se é espada em brasa Dm Que corta a mentira que em nós se flagra F Um passo além do Eu, um salto ao vazio E Am Morrendo no falso, da navalha é o fio Am F Que cada olhar volte-se pra dentro Dm E veja o teatro do pensamento E Pois quem vigia, no fim descobrirá Dm E Am Que é no deserto que a luz brotará [Solo] Bm Am A E G F#m Em Dm C Bm F# D G D C A D C B