É malunga, malungueira, ela é A razão do meu axé... Axé da mocidade Deusa dos palcos, deusa da encruzilhada Saravá Léa Garcia, saravá morada Abrindo os caminhos do sucesso Léa, eu confesso Estava ansioso pra te ver passar Quem rege seu orí é a serpente Pra honrar sua patente Resistir e revolucionar Já não há mais no teatro Um lugar pra se esconder Nessa vida sobre as tábuas Tempo de empretecer Na rapsódia de um país em nevoeiro O mundo inteiro precisava entender Que a justiça de Xangô é arte contra hipocrisia A sua voz não se calou, inspirou democracia E a justiça de Xangô clamou Orfeu da Conceição Quando a favela cantou, o morro, enfim, se libertou Pra ver o seu protagonismo entrar em cena A sua imagem suplantando o sistema Ancestralidade não se nega Flor que reverbera Talento contra o mal que te condena És revolução além dos bastidores Na consagração de pretos sonhadores Nos palcos, em cartazes e ribaltas Luz do meu cantar, da força feminina Receba a minha honraria Que tudo será diferente depois desse dia