Foi zambi quem criou o mundo É zambi quem vem governar Dançou a vida no olhar de na Kalunga E a pedrinha miudinha vai guiar Pra encontrar a direção para a tristeza que não cessa E que seus filhos perpetuem a tarefa Ô, Zara é o tempo que vem Katendê benze as folhas de fé É Matamba senhora dos ares, Vunji descalço nos pés Angorô deixa o céu colorir, gongobira enfeita o azul Dandalunda balança maré, treme o chão de Mutalambô E Zaze o couro esticou Gira Aluvaiá, chama a falange do congo Pra bater o tambor de Zambiapungo No primeiro amanhecer, o fuzuê Pro sorriso do meu pai novamente resplandecer Segue o cortejo de lembá dilê Se o destino que herdei vive na calunga grande Quando a corrente não amarra meu saber Existir pelas encruzas, resistir meu sobrenome E nas terras de Tupã, nas esquinas e macaias Onde reina o amanhã em batuques e maracas Minha força é o que molda O futuro ancestral do meu país O Sol clareia pindorama e vera cruz E em cada sonho se descobrem mais brasis Mandou n'goma chamar o ogã O Sol já raiou na manhã Batuque pra firmar o mutuê Sou eu, Independente Tricolor Vermelho tambor pra louvar, pembelê