Quem sabe hoje não vai aparecer aqui Aqueles que nunca podem se deixar o nome Contando os passos e segurando o ar Olhando pro nada, o que eu posso alcançar? Promessas de papéis descartáveis Lógica de um homem que subiu sem olhar pra baixo e nunca se deu E a queda foi tão maior que tudo que ele viveu No horário do castigo da eternidade diária Ninguém pensa que se cuidar demais é vaidade Não há vilões onde olham espelhos retorcidos Cuidam da forma, esquecem a essência Corpo em dia, mas falta inteligência Levando tesouro ambulante, calculado em afazeres de inconsistência Mandando a real, a diferença é clara Do homem sagaz que na espiral dispara Acreditam na saúde, mas é só vaidade Alimentam um ego cercado de falsidade Mentir pra si mesmo, uma fraude mental As raposas no galinheiro, sem pegar nada real A maior pena é lutar contra a própria ambição Numa vila onde armadilhas são a regra e não a exceção Cãibras onde não tem o coração Mundo desconectado com a ilusão Vozes vorazes, frases imagináveis Atitudes insondadas por uma viagem Tudo é natural, até que não seja assim Esquecem que o mais belo reside em cada ser, enfim Incógnita dos planos que trazem felicidade Ao se olhar demais, perdem a humanidade Ninguém acha que cuidar da saúde é errado Mas existe um limite ultrapassado Nessa fronteira ficou um personagem Que passa seus dias contabilizando suas vaidades Acreditar no bicho-papão é o mesmo que acontece Com quem é fiel aos ferros e aços Estética errada, sem compaixão e sem abraços Ainda há tempo de socorro, todo mundo sabe Na queda livre, quando o paraquedas não abre É só pegar os braços fortes e voar como uma ave Essa lógica é tão certa que tudo está correto Em um mundo de ilusões, só se vê a embalagem A beleza é mais que a pele, é a mente em viagem Quem valoriza o corpo, esquece a essência Mas a verdadeira força vem da inteligência