Já são três horas da madrugada, o sono não vem Não há ilusões para quem prefere sorrir A vida é breve demais para perder com quem não nos quer Viver agora ou deixar o tempo corroer Vamos derrubar a soberba sem fim Dando passos maiores que as pernas, tentam alcançar Na correria do dia a dia, atrás da grana a conquistar Vendem o almoço pra jantar, fama é só aparência Na história, cada um carrega sua própria resistência Espero estar vivo ainda pra ver o fim dessa estrada No tecer do tricô, só você sabe criar amargor e rancor Já são três horas da madrugada, o sono não vem Não há ilusões para quem prefere sorrir A vida é breve demais para perder com quem não nos quer Viver agora ou deixar o tempo corroer Vamos derrubar a soberba sem fim Passando num túnel escuro, faróis apagados, tudo alagado Patinando no passado, vejo minha ignorância refletida Falsos profetas vendem o céu em mil pedaços Enquanto a dor e a fome falam mais alto que os abraços No dado da sorte, meu esporte é correr atrás do próprio rabo Um cachorro que late, mas não sabe pra quem Já são três horas da madrugada, o sono não vem Não há ilusões para quem prefere sorrir A vida é breve demais para perder com quem não nos quer Viver agora ou deixar o tempo corroer Vamos derrubar a soberba sem fim Já se passou tempo demais, ainda não me sinto capaz Esperando acordar, mas continuo acordado Tentando saciar um saco vazio, pés no frio, sem chão Motivos sem razão, linguagem da perpetuação Falta de inspiração, mas chegou a hora Já são sete horas da manhã, o Sol já raiou Não há ilusões para quem prefere sorrir A vida é breve demais para perder com quem não nos quer Viver agora ou deixar o tempo corroer Agora é hora de levantar, mas a noite ainda me segura O peso das horas, sombras da loucura