Conversando com o ruído das palavras vazias que flutuam no espaço do espírito Obra literal, instrumento do mal, nada faz sentido após a descoberta Catando os cacos que sobraram, tentando refazer o vaso quebrado no grito Amor de gaveta, onde a porta nunca abriu e a chave se perdeu no infinito Sinais de toda ira poderosa, de quem se revoltou e abriu caminho Para quem jamais sonhou, mas nunca deixou de acreditar no seu destino Jamais duvide da resposta do silêncio, ele é sábio e calado Quem fala demais dá bom dia a cavalo, mas quem procura sempre encontrou Busquei um amor perdido, onde o afeto já não estava Tentei falar bonito, mas a dor não se calava Quase caí no chão, mas os loucos me ergueram Na quarentena do absurdo, onde os gritos me ensinaram Não sei se foi castigo ou só o preço dos meus passos Mas cada chão que eu piso ainda guarda seus traços A arma mais poderosa não é feita de pólvora, mas de tinta e papel É a caneta que corta, que fere, que cura, que revela o que é cruel Estreita é a ferramenta da coerção, quando a pressão te obriga a ser O que a sociedade espera, ou então você será excluído, sem poder viver Trabalhar pra sustentar vícios, ver tudo ser corroído pelo tempo Entender que a fazenda feliz é feita de suor, lágrimas e sangue Onde todos agem naturalmente, como se fosse o seu fundamento Busquei um amor perdido, onde o afeto já não estava Tentei falar bonito, mas a dor não se calava Quase caí no chão, mas os loucos me ergueram Na quarentena do absurdo, onde os gritos me ensinaram Não sei se foi castigo ou só o preço dos meus passos Mas cada chão que eu piso ainda guarda seus traços Seria cômico, se não fosse trágico, ver os que davam lição de moral na sarjeta Seria irônico, se não fosse mágico, ver os mesmos conselheiros presos na incoerência Os loucos que se salvaram vivem o mesmo ciclo sem fim Parecem amar a miséria, como se não soubessem viver de outra forma assim Mas mudei minha vida pra te contar essa história Na alucinação de um mundo perfeito, onde hoje encontro a glória Os loucos que um dia foram bons estão sendo extintos Mas na loucura que me salvou, encontrei todos os meus instintos E no fim, os loucos que me salvaram São os mesmos que o mundo apagou Mas na loucura, encontrei o meu lugar E no absurdo, renasci pra cantar