Os Loucos me Salvaram

Léo Martins

Composición de: Leonardo de Souza Martins
Conversando com o ruído das palavras vazias que flutuam no espaço do espírito
Obra literal, instrumento do mal, nada faz sentido após a descoberta
Catando os cacos que sobraram, tentando refazer o vaso quebrado no grito
Amor de gaveta, onde a porta nunca abriu e a chave se perdeu no infinito

Sinais de toda ira poderosa, de quem se revoltou e abriu caminho
Para quem jamais sonhou, mas nunca deixou de acreditar no seu destino
Jamais duvide da resposta do silêncio, ele é sábio e calado
Quem fala demais dá bom dia a cavalo, mas quem procura sempre encontrou

Busquei um amor perdido, onde o afeto já não estava
Tentei falar bonito, mas a dor não se calava
Quase caí no chão, mas os loucos me ergueram
Na quarentena do absurdo, onde os gritos me ensinaram
Não sei se foi castigo ou só o preço dos meus passos
Mas cada chão que eu piso ainda guarda seus traços

A arma mais poderosa não é feita de pólvora, mas de tinta e papel
É a caneta que corta, que fere, que cura, que revela o que é cruel
Estreita é a ferramenta da coerção, quando a pressão te obriga a ser
O que a sociedade espera, ou então você será excluído, sem poder viver

Trabalhar pra sustentar vícios, ver tudo ser corroído pelo tempo
Entender que a fazenda feliz é feita de suor, lágrimas e sangue
Onde todos agem naturalmente, como se fosse o seu fundamento

Busquei um amor perdido, onde o afeto já não estava
Tentei falar bonito, mas a dor não se calava
Quase caí no chão, mas os loucos me ergueram
Na quarentena do absurdo, onde os gritos me ensinaram
Não sei se foi castigo ou só o preço dos meus passos
Mas cada chão que eu piso ainda guarda seus traços

Seria cômico, se não fosse trágico, ver os que davam lição de moral na sarjeta
Seria irônico, se não fosse mágico, ver os mesmos conselheiros presos na incoerência
Os loucos que se salvaram vivem o mesmo ciclo sem fim
Parecem amar a miséria, como se não soubessem viver de outra forma assim

Mas mudei minha vida pra te contar essa história
Na alucinação de um mundo perfeito, onde hoje encontro a glória
Os loucos que um dia foram bons estão sendo extintos
Mas na loucura que me salvou, encontrei todos os meus instintos

E no fim, os loucos que me salvaram
São os mesmos que o mundo apagou
Mas na loucura, encontrei o meu lugar
E no absurdo, renasci pra cantar
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