Aquele recanto de amor que cantei Que com tanto carinho escrevi a canção Não existe mais nada, o tempo matou Só as mágoas não morrem no meu coração A paineira que um dia deu sombra e amor Veio alguém de machado e arrancou a raiz Arrancando também do meu peito soluço Lembrando o tempo que eu era feliz Parece que o tempo não quer Que eu perceba que tudo tem fim Quantas vezes corri e parei E a sorrir minha amada enxerguei Quis tocá-la mais nada encontrei e chorei Era a vida zombando de mim As vezes escuto no meio da noite Um pranto sentido na minha janela É a voz da saudade que eu sinto na alma É tudo que é belo chorando por ela E a flor da paineira que guardo sequinha Numa carteira junto ao coração A noite floresce e se veste de cores Perfumando as notas da minha canção