Opa, opa alto la tropa que ressonga na canhada A cordeona, voz trocada Sob um céu de santa-fé De volta ao pago contempla O semblante do sombreiro E assoma ao tranco campeiro Meu rosilho pangaré Golpeio um gole de canha Bombeio a lua na estrada Que da direito à ramada Deste ranchito quinchado Ao Ataliba, um saludo Saco a chilena e o pala E reluz dentro da sala Na rastra o florão prateado Por vaqueano trago a estampa E um pedido ao musiqueiro Pra um bailado balconeiro Que se vai fazendo eco Que hoje hay mais de uma morena Querendo bailar serena Junto a flor do meu jaleco Bem na flor do meu jaleco, Bem na flor do meu jaleco Do paysano o mesmo grito O mesmo vinho golpeado Então busco, arrinconado, O olhar da mesma morena No negaceio convido Pra bailar de pé trocado Num romance alpargateado Repetindo a mesma cena Encosta o rosto morena Bem na flor do jaleco E sonha com a primavera Retornando pra o rincão E no volteio da sala Não chora e baila comigo Que nesta volta te digo Te entrego meu coração