O ronco simples de uma mate na sombra de um paraíso Semblante triste do aviso que ronda o ciclo que encerra Do vento mesclado na terra, um janeiro de mormaço Resseca os tentos do laço, deixando ao campo quem berra (2x) O pingo mouro da encilha não ringe mais paysandu As botas de couro cru não garroneiam prateadas O pensamento na estrada não tem caminho nem fim E as rugas pealadas em mim, são tombos na invernada (2x) A linda pegou a estrada pros pagos beirando o céu Ficando um gosto de féu que amarga junto à cambona Um silenciar de cordeona com poeira na baixaria E o tranco largo dos dias suando junto à carona (2x) O braço perde sua força pois nem a cruz alevanta No dia em que o sol descamba n'algum rumar balconeiro Parece que o corpo inteiro já castigado de andança Escolhe o tipo da trança pra um cabrestear estradeiro (2x) É a lida que se arremata na calma que ronda as casa É como água nas brasas que leva a alma a lo léo Ficando só um chapéu cobrindo a quina da porta E uma certeza já morta bombeando o rancho do céu (2x)