Tem o brilho dos teus olhos Este poema, meu amor Com a tinta do sangrador Eu escrevi Cada gesto, cada cena de nós dois Rabisquei nestas frases, só pra ti Foi o brilho dos teus olhos Em poemas, meu amor Que trouxeram os meus sonhos Até aqui Pega-pegas, que cobriram nossas vestes Eram confetes de alegrias que vivi Chora a cancela, porque o vento quis assim Invade a casa, o cheiro suave de alecrim Quer fazer pontos nesta frase que escrevi O sal dos olhos que insiste em cair Leva o brilho dos teus olhos Neste poema, meu amor Em cada canto de estrada Seja por onde for Da tropilha de mil pêlos, o tranqueador E na trança do cabelo, uma flor Digo ao brilho dos teus olhos Em silêncio, meu amor Solta pra o campo O teu sonho potreador E se a saudade, acaso for Te veste em Dalva, pra alumbrar meu corredor Chora a cancela, porque o vento quis assim Invade a casa, o cheiro suave de alecrim Quer fazer pontos nesta frase que escrevi O sal dos olhos que insiste em cair