Como era lindo, atar um lenço bem atado E num trote despachado, ir visitar a namorada Estrada a fora, assobiando uma vaneira No lombo da pariera, cola atada e bem domada Como era lindo, um surungo de campanha Guabiju doce na canha, com floreios de cordeona Andar alpedo, sacudindo o tirador e se atirando de cantor Falando de campo e doma Que tempo bueno, das coisas de antigamente São heranças da minha gente, que carrego na memória Este Rio grande é o manancial da tradição E o amor por este chão, é o mais lindo da história Tomar um mate, no aconchego do galpão Bater as brasas de um ticão e agarrar com corajudo Sovar a palha, juntar fumo e figuerilha E aromar o fim do dia com um paiero Macanudo Como era lindo uma função de trascurral De banhos e coisa e tal, numa tarde de mormaço Carnear ovelha, cortar lenha e quebrar milho Amanunciar um potrilho e passa um tento nalgum laço Que tempo bueno, das coisas de antigamente São heranças da minha gente, que carrego na memória Este Rio grande é o manancial da tradição E o amor por este chão, é o mais lindo da história