Um tombo do lombo é um rombo no chão. Eu caio, mas saio com a crina na mão. Eu sou vale, sou montanha, sou água de cachoeira. Sou um salto para o alto mergulho na polvadeira. Na gineteada da vida a gente cai e levanta. Há sempre nova partida pra quem cai e não se espanta. Na gineteada do amor quem montou sabe a verdade: no galope da paixão vem o tombo da saudade. A gineteada da morte é um escarcéu tão violento que o ginete sobe ao céu se enterrando chão a dentro. Um tombo do lombo é um rombo no chão. Eu caio, mas saio com a crina na mão.