Rasgar o chão do impossível Costurar a renda Dos ventos e desta toada invisível Infalível prenda Eternamente lentamente Entretanto, sem cansar E acreditando piamente Que não há nada a declarar Repare bem na água viva Como curte flutuar Ou na tartaruga marinha de pente Com seu charme devagar Anterior ao que se pensa Voz de traça e trapo Pra que no miolo do verbo apareça O que houver de exato Eternamente lentamente Entretanto, sem cansar E acreditando piamente Que não há nada a declarar Você já notou a onda do mar Quarto de sereia Que adora as escamas, crustáceos Dilui os castelos de areia Na maré cheia