Vocês tão vendo lá na beira da estrada Uma tapera e uma roseira Toda coberta de flor Nunca me esqueço, quatro anos que já fez Foi num domingo de mês Que essa história se passou Ali morava o caboclo Zé Claudino Mas o malvado destino Castigou o pobre rapaz Numa trovoada, deu um raio no ranchinho A mulher e seu filhinho Deus levou pra nunca mais E às quatro horas dois caixões foram saindo Devagar foram sumindo Na curva do cafezal E Zé Claudino soluçava na janela Enquanto o sino na capela Não cessava de tocar E a taperinha lá na beira da estrada Hoje vive abandonada Já não tem mais morador Esta casinha tão humilde e tão modesta Já foi um ninho de festa Hoje é um recanto de dor