Aí vou eu, vou avoar Sou pássaro da estrada Sou cavalo novo Sou recém-nascido Um menino que não tem nem certidão Estrela endiabrada Montanha incandescente Um vulcão maluco Chaminé de sonhos em erupção Aí vou eu, vou avoar Tu quer? Então, venha! Aí vou eu, vou avoar Eu sou macumbeiro Aí vou eu, vou avoar As estradas que trilhei até aqui São estrelas que eu mesmo escrevi Surgir de tantas madrugadas Novo Sol sempre aparecerá Hoje, meu amigo Eu vou lhe contar uma história que sua vida vai mudar Um belo dia como este Será este? Ora essa, pouco importa isso para a contação A poesia não é livro de história Não tem lugar e nem hora Voa nos versos da canção Continuando, assim o sonhador acorda Feito anjo muito louco que escapou da criação Na poesia, na rima, na rapsódia Tudo que ele sabe agora Tem que tirar o pé do chão Mas já vai chover! Tu não tem medo? O tempo muda, o que se pode fazer!? Pera que o Sol vem! Quê!? O tempo voa, eu vou esperar o quê? Aí vou eu, vou avoar Bora, bora, eu vou é agora! Aí vou eu, vou avoar Quem quiser vir, que venha! Aí vou eu, vou avoar Bora! Aí vou eu, vou avoar