O olho negro tão tão profundo e infinito vive como um réu A pele preta tão macia e delicada esconde as cartas e finge seu papel Finge pra não ser condenada e cobre o olho com um véu Os donos do pudor não sentem minha dor Já não basta minha cor e ainda julgam o meu amor O coração vermelho e forte não entende por que tanta distinção Vermelho como todo o coração que bate acha tudo uma invenção Todos querem ter razão, mas certo mesmo é o coração!