Fazia um tempo, que era feio de matar Chuva, ventania, céu preto, muito cinza Eu, nas ruas, andando na minha própria sombra Praticamente sem saída pro que rolava A tristeza tomou conta da cidade Porque há dias, não saía um Sol O clima tava pesando bem geral Nada normal tava acontecendo de vez Muito pesado tava a cada dia Não tinha alegria por onde andava Cadê os dias alegres que ocorriam? Dava uma impressão de que eles morreram O tempo morreu pra fazer alegria As pessoas ficaram podres por dentro A humanidade apodreceu geral Nenhum sorriso encontra-se mais nos rostos Da galera, da geral que mora aqui Com um céu cinza, não tem como sorrir Tudo ficou preto, uma coisa horrorosa Uma impressão que não tinha alegria Uma saída tinha que ser arranjada Agora qual, isso aí eu já não sei Seres humanos infelizes com si mesmos E eu sigo andando na minha própria sombra Sigo aqui, andando na minha própria sombra Não vejo mais o que devo fazer Tudo ficou tenso, sem ter uma saída Não vejo mais alternativas pra fazer É uma coisa que gera até embates Contradição, até posso ficar gerando Uma coisa aqui, outra ali, outra acolá Sei lá, só quero saber o que é que há Nessa cidade, tá um clima muito nojento Parece que os humanos viraram esterco Virou uma merda esse lugar, literalmente As pessoas vivem cagando umas nas outras Uma bosta pior que a outra tava ocorrendo Uns mandavam os outros pra puta que pariu Dava nojo de ver o povo que mora aqui E eu, tranquilo, andando na minha própria sombra Estrume de cavalo chegava a ser visto Ninguém mais mostrava respeito uns pelos outros Tudo se perdeu nessa cidade cinzenta Considerada a pior pra se viver Nem padrinhos mágicos dariam um jeito Em toda essa merda que a população botou Uma cidade que virou mais um cu de cana Literalmente, aqui eu não vou ficar mais