Perder-me-ei Assim disse o rei Se tudo permanecer Em tal palidez Do torso coberto E o pescoço despido Mais luzes singelas Nos olhos que riem Ao gajo sem jeito Um José ninguém Que pensa errado E arrisca o passado Ao Sol passageiro Num só feito Que logo passa Ao retorno noturno Para o ninho sereno Do futuro moroso De tanto alento Deixado de lado E sempre lembrado Somente perdido Por cair num vão Com gosto na boca De um manjericão Com queijo e tomate Que sequer existe E mesmo assim arde