Forte menino a correr na chuva que não tava lá Forte seus sonhos, seus planos na angústia da seca ai ai á Do açude que virou pedra, da agua que virou ar Cadê o feijão da panela? É caldo, farinha e Deus pra cuidar Forte Nordeste bonito do meu padin Ciço ai ai á Forte Lampião guerreiro, Maria bonita ai ai á Alceu, Geraldo, Ramalhos, Luiz Gonzaga, Alcimar Forró talento da terram de um povo sem medo da fome a brilhar Fraco é todo sistema discriminativo ai ai á Contra esse povo sofrido, mas trabalhador, ai ai á Chega de comer poeira, a indústria da seca não dá É Antropofagia disfarçada de política Forte é todo brasileiro, seja do Recife ou Pará Sul não é estrangeiro, somo tudo irmão ai ai á Vamo lutar pelo mundo, planeta Brasil ai ai á Assim ficaremos fortes, como o menino da seca a sonhar