Não lance esse olhar de louco preconceituoso Quem é você para dizer se eu como carne ou osso Tento todo dia me alimentar Sociedade eu estou de saco cheio do seu jeito tosco Muda regra, mata, fuma, fica no esgoto Fala de Jesus e o amor no bolso Censura, pobre, preto, crente, viado, sabão Banguelo, solteiro, cabeçudo arretado Estrangeiro, sem pelo, censura candomblé e reencarnação É cálice no chão Se nas Arábia o povo é vip porque morre pela sua crença No Brasil quando a verdade se apresenta É pedra na Geni e galo pra enforcar O meu real é sempre fictício, com corda no pescoço Dando uma de encosto de azul seu moço Chute de direita só para não fritar E me exorcizar A indústria canta o que eu não posso dar O jornal me fala sobre me aposentar Na escola não pude filosofar, o azul tirano desse louco verde mar A saúde anda meio catapora e gemidos Nem de longe ela nos lembra nosso hino num positivismo de alucinar Nenhum martelo acadiano me parece um sorriso Um velho medo, um velho preto, um velho Chico Índio cinzeiro! Índio plantar E ver se vai brotar E eu na sala very crazy pra escutar O jornal me fala sobre aposentar É brigar se leste e oeste vão casar O azul tirano desse louco verde mar Desse verde louco mar