Numa noite de Outubro, entrei no watts pra saber quem eu sou Entrei no watts pra falar de dor, entrei no watts pra falar de amor De repente um fantasma doido pra me assustar Doido pra me ver chorar, me pergunta e ai? Como você tá? Falando frases bonitas, me lembrando como sou imperfeito Santa Cruz ou Tiquatira não importa, o importante é cuspir meus defeitos É, o trânsito não está nada fácil Atropelaram uma pomba, atropelaram um palhaço E se voar já não fosse o suficientemente perigosoa A pomba me inventa de atravessar a rua andando Mas também, a porra do velho ranzinza fica miguelando milho desse outro lado E eu aqui, sem milho e sem pombo Mas com uma vontade louca de mudar todo esse cenário Sair dessa trincheira, voar na madrugada Encontro meus professores, numa galáxia ou chat qualquer Já não me lembro mais das dores, nem se Hitler morreu ou se deu no pé Minha cara amiga pomba, meu amigo velho ranzinza Motorista que atropelou, que matou, não deixe a noite clara ficar cinza Esse som é pra você, como todos outros que compus Noites de outubro, por favor tirem o capuz Noites de outubro