Tu é quem faz o tempo dissolver num rio tranquilo até a praia E faz a morte parecer singela e frágil tanto quanto a vida Ei, volta aqui e me conta mais do que eu pretendo fingir não enxergar Saulo, se eu subir numa pedra Fincar um mastro e uma vela Me farás navegar ou sucumbir? Se naufraga eu me afogo em paz Como o semblante em meu rosto diz Vou me tornar o que sempre fui Mesmo que não seja tão feliz Uma ostra selada em si Trazida à ilha de onde saí Beldroegas ao meu redor Pássaros hesitando me abrir Mas há sempre uma opção (ê) Chegar ao outro lado sã e salva Tendo o vento como condição Sob a Lua e a estrela d'alva Me tornarei o que sempre quis E farei o que sempre quis Pelo mundo que sempre quis E as cidades onde sempre quis bulir