Se alguém ouvir falar, De alguém que tem dois corações, Num deles, um rochedo, No outro, um mar bravío de paixões, O mar sou eu, A se jogar, De encontro àquela pedra, Que amor não sabe dar, Se um dia alguém achar. Os corações que vivo a procurar, Em forma de uma pérola, Meu coração, um deles há de ser, A esperar, Aquele sol, Imagem de quem amo, Que não soube me entender, Sou o mar e gosto dela, Vento, joga-me ao rochedo. Faz de mim o pranto triste, Dessa pedra que insiste, Em ocultar os seus segredos, Sou a pérola esquecida, Ela o sol, me fez assim, Que será da minha vida, Se o alguém que tanto amo, Não voltar juntinho a mim.