Fico parada, mas não tento nada Nem suicídio E há cacos e cortes em vidro Como sangue novo refletindo na imagem do rosto no espelho Sem rugas, nem marcas Só aquelas dos vários mergulhos no desconhecido Conhecido do fundo de mim Do interior da memória Dos nervos da vagina Do inferno eterno, viver Há Sol, há luz, há mar A este eterno entregar do outro pra mim De mim pra além Do outro lado da lógica Em tampo de plástico, fórmica No transparente véu de nuvens serenas Além do ar e do vento Todo o nosso sеntimento a favor da vida Que cai em gotas dе chuva e fermento lacrimoso Água pura, de cheiro incolor