Sou um crocodilo na beira do nilo E nem respiro para te pegar Nem abro meus olhos pra te engolir inteirinho, não sinto calor Minha casca é grossa, mas minha alma é macia Cthururu Aerodinâmica elaborada por milhões de anos Estou na margem, sou sofisticado como um olho digital, faço a varredura Voam palavras, línguas de palavras se insinuam, insetos de palavras Serpentes de palavras rastejam Balançam no vento as flores do campo Caem das árvores as folhas secas Num caos tão lindo como se estivesse minh’alma a cantar Cthururu Estou na margem, voam palavras, línguas de fogo lambem a melodia Arde o frio acorde do rio, porque eu Sou um crocodilo na beira do nilo la ra ra ra ra Um crocodilo na beira do nilo la ra ra ra ra ra Um crocodilo na beira do nilo la ra ra ra ra ra Um crocodilo na beira do nilo la ra ra ra ra ra