Sem rumo, navegando na cidade Numa sexta, ao final de tarde Deixo a vontade me atropelar Namorada – onde vai estar? O começo pode ser até banal No Bigode, no Nato, ou no Infernal Ou ainda no Ranzi, na Galeria Central Uma caipira, duas ou tantas Cerveja e vinho, tudo normal Vamos subindo, lentamente O tom da conversa, da risada Do abraço, do álcool e do grau Na cidade alta, alguém vai chegar? Desvio pra Palhóça, pra Krakatoa Ou quem sabe pro Veredas Bar? De passagem, um abraço no Nei No Cavalo de Ferro – vai pendurar? Tem muita amizade pra celebrar Não esquece – amanhã é sábado Tem muito que festejar Não enlouquece: Vai faltar grana Antes do dia inteiro acabar Na tarde não negue Um chope na Birraria A conversa prossegue Todo mundo alegre Não vê a vida passar A noite tem baile no Susfa Visto fantasia de bom moço Pois quero, antes de dançar Amassos no aeroclube trocar Com a menina mais linda Que eu possa alcançar E amanhã, os pedaços juntar Do que foi – do que não foi Nem vou mais lembrar Enquanto a noite não vem Alguém vai relembrar Histórias da Fenavinho Vinho jorrando no ar Um amigo no caminho Caído em qualquer lugar Depois já é domingo Dia de festa no interior Faria Lemos, Pinto Bandeira Todas têm seu valor Antes disso, quem sabe Podemos passar onde O Agita vai tocar, cabe Rir à toa, beber fogo paulista É longa a lista, a vida é boa Vamos aproveitar E de bar em bar De festa em festa Vai-se à vida como seresta Que termina antes do Sol chegar Hoje são só lembranças Tantos amigos pra recordar O tempo nem nos viu passar Tanta coisa morreu, mas quem Ficou no coração vale a pena amar