O espaço que a voz ocupa Se enche de luz e cor E conta histórias de amores De guerra de fé e dor... E quando a voz se apodera Do dom sublime de ousar Arrisca agudos e gritos Na ânsia de se entregar. E até o casal sem graça Se enlaça e sai pra dançar E parodia valsinhas Enchendo de sons o ar. E a voz de um cantor alado Desce à terra pra embalar O sono e as sinas dos homens Que ainda ousam sonhar!