Bastião era meu filho Dita era minha mulher Que morava onde eu morava No morro do Marapé Mesmo não tendo dinheiro Nós vivia tão feliz Isso chega um engenhero Se vira pra nós e diz Vocês tem que se mudar porque O morro vai desabar Dita chorou, chorou Mais não se acovardor Ela disse: Correr, não corro Onde é que nós vai morar Se não for aqui no morro? Duas semana depois Eu sair pra trabalhar Não sabendo, na voltar O que eu ia encontrar O barraco que tava lá em cima Veio parar aqui no chão E no meio dos destroço Eu vi o paletó do Bastião Fechei os olhos pra num ver Depois saí a correr Só parei lá numa curva Pra olha pra trás e dizer Adeus Marapé, adeus Marapé Que levou meu filho E também minha mulher Adeus Marapé, adeus Marapé Vou pra junto deles Quando Deus quiser