A lenta imagem da tropa Serpenteia estrada afora Sucessão de hora após hora Fundindo terra e peçunha Rigores de mesma alcunha Pro tropeiro linda estampa! Conduzindo couro e guampas Numa procissão terrunha. Trago embebidos na imagem Os verões e as soalheiras Mastigando a polvadeira Da gadaria assolhada Trago no couro estampada A marca das invernias Poncho molhado faz dias... ...Até a alma gelada. O mouro da mi'as confiança Tranqueia mascando freio, Carregando os meus anseios Nos rumos dos meus despontes. Companheiros de horizonte Bem mais que um simples vassalo... ...Porque tropeiro e cavalo São como a estrela e a noite. A gadaria contesta Berro após berro a tristeza Ruminando as incertezas De cambear rumo e querência Longínquas reminiscências De tantas tropas de outrora Que rumbearam mundo afora Ensimesmada de ausências Já gastei basto e carona Mangueando boiada "ajena" Plantei luzes nas canhadas Dos rincões por onde andei Muitas tropas entreguei Nessa sina de tropeiro... ...Voltei sempre repisando Os caminhos que trilhei.