Me criei numa estância lidando co'a "cavaiada" Flor de tropilha apoderada que escramuçando ventena Me despenteia a melena quando monto um desbocado Pois tenho Deus no costado me benzendo as nazarenas Assim cresci nesta lida pechando boi dos encontro Capando e pealando potro nos refugo de mangueira Com a cachorrada ovelheira e um mourito orelha curta Fui gavião nas reculutas de alguma eguada matreira E se carrego este orgulho por ter a alma gaúcha É que a vida não é mansa quando manda um coração Sou terra, campo e galpão, e algum manojo de crina Pois vou morrer com esta sina que é meu destino de peão.