Um mesmo sonho estende os braços sobre o mundo Pelo planeta fala em todos os dialetos Povos de bem procuram paz entre os escombros Entre a miséria de bilhões de analfabetos Um mesmo sonho chora dor e frustração Ouvindo vozes trovejando nos comícios Mentem mil juras de fartura à multidão Que cega, entende ver beleza em tantos vícios Quando o futuro florescer pelas palavras Os que penavam sob a mira dos canhões Serão o mundo a reagir, na nova lavra Ceifando as armas com o fio dos corações! Quando a ternura nunca mais morrer de fome Nem as ideias sufocarem de opressão O novo mundo brotará de cada homem Que acreditar e semear grão após grão! Se alguém um dia nos deu vida e livre arbítrio Também nos deu o dom sagrado de sonhar E essas lágrimas que Deus mandou na chuva Inundam luzes de futuro em cada olhar As tantas pedras desabadas que miramos Serão a base do castelo mais bonito Há esperança no futuro que forjamos Há mais verdade nas entranhas deste grito!