Não fui só eu que errei, teu silêncio gritou alto demais As tuas promessas vazias Me ensinaram a mentir sem olhar pra trás Teus olhos julgavam os meus pecados Mas tua boca também me amaldiçoava Dançamos juntos no campo minado E fingimos que amor ainda salvava O que fiz foi por nós, mas você só aponta a mim Carrego tua culpa no peito, como se fosse só meu o fim Você diz que eu te destruí, mas esquece o quanto me feriu Foi a guerra que a gente escolheu lutar, e agora finge que não viu Você feriu, eu revidava Você fugia, eu implorava Dois errados se ferindo em loop E chamando isso de casa Eu sangrei pelas tuas escolhas, e calei pra não te machucar Mas você pintou tua versão, e me deixou no banco dos réus Tua culpa mora aqui Nos cantos do meu peito onde ainda dói Na raiva que eu engoli Nas vezes que eu quis ir, mas fiquei só E a minha culpa tá em ti Nos olhos que ainda pedem perdão Fomos veneno e cicatriz Dois amantes em autodestruição Tua culpa em mim Como se fosse só minha a queda Mas a gente errou junto E agora você me nega Tua culpa em mim Pesando mais que meu próprio erro Eu carrego os dois pecados Enquanto você se faz de inteiro Me diz quem ensinou a amar assim, com grito, com porte trancado Com corpo presente e alma ausente, com afeto que vem machucado Você me quebrou aos poucos, mas eu te empurrei do abismo também Fomos tóxicos, fomos loucos, e nos amamos como ninguém As palavras que você usou, ainda ecoam como sentença E eu, tentando achar um sentido, entre amor, dor e indiferença Você sabe que também mentiu, quebrou promessas, fugiu do adeus Mas é mais fácil me fazer vilão, e limpar as mãos no sangue meu Você chorava, eu fingia Eu gritava, você sumia Nos acostumamos com dor Como se fosse poesia Eu sangrei pelas tuas escolhas, e calei pra não te machucar Mas você pintou tua versão, e me deixou no banco dos réus Tua culpa mora aqui Nos cantos do meu peito onde ainda dói Na raiva que eu engoli Nas vezes que eu quis ir, mas fiquei só E a minha culpa tá em ti Nos olhos que ainda pedem perdão Fomos veneno e cicatriz Dois amantes em autodestruição Tua culpa em mim Como se fosse só minha a queda Mas a gente errou junto E agora você me nega Tua culpa em mim Pesando mais que meu próprio erro Eu carrego os dois pecados Enquanto você se faz de inteiro Não existe um vilão, não existe um mocinho Só nós dois num campo sozinho Atirando palavras como facas no escuro Perdendo o que tínhamos de mais puro E no fundo, você sabe Que o peso é teu também Mas é mais fácil me deixar Afundar sozinho no além Tua culpa mora aqui Nos cantos do meu peito onde ainda dói Na raiva que eu engoli Nas vezes que eu quis ir, mas fiquei só E a minha culpa tá em ti Nos olhos que ainda pedem perdão Fomos veneno e cicatriz Dois amantes em autodestruição Tua culpa em mim Como se fosse só minha a queda Mas a gente errou junto E agora você me nega Tua culpa em mim Pesando mais que meu próprio erro Eu carrego os dois pecados Enquanto você se faz de inteiro Tua culpa vive em mim E a minha em você também Fomos tempestade e fim Sem chance de sermos ninguém Tua culpa e a minha, sem fim Dois espelhos partidos no chão Ainda lembro o que fomos Na confusão da paixão