Vivendo no inferno chamado de paraíso Meu trauma é um abandono tão corrosivo Por isso que eu sempre vi valor nesse lixo É como se coisas tivessem alma Como se objetos estivessem vivos Essas luvas em minhas mãos, ele que me deu E me ajudou a passar por tudo isso Eles me acusam, mas não fui eu Falam, o filho de um assassino Podem esperar, cuzões, sei que eles me querem morto Mas vou voltar, mesmo tando no fundo do poço Vou subir pro topo E lá no topo, fazer os pau no cu sentir o cheiro do esgoto Um dia eu vou voltar, vão me ver de novo Todo dia na minha vida eu via Uma queda grande bem lá de cima Não imaginava que o próximo eu seria A vingança motiva, eu sei quem é o culpado Acho que só sobrevivi pelo ódio acumulado O ar tão tóxico pra mim De monstros salvo a beira do fim Mas aprisionado, já que todos são iguais E tudo por causa de onde eu vim Já cansei de ser tratado igual um animal Um toque da mão, uma arma a corrente se torna Tu quer me vender? Bem, eu quero ver agora Não vou parar de subir até chegar lá em cima de volta Logo eu que sempre vi valor Viram algo a mais em mim, então vou ser um limpador Num mundo descartado, o ar é toxina Monstros criados por dejetos, e quem que faz a faxina? Só tô aqui pra achar um jeito de chegar lá em cima Missão dada é missão cumprida Ou será que é armadilha? Todo herói tem um vilão, cês querem o paradisíaco Então vem pegar Morte na visão, não, eu não posso acreditar O amuleto na minha mão Abençoado por sua reza Vândalo, eu vou rejeitar Tudo que cê acredita, seu merda Cai dentro Entendeu errado o poder que eu tenho Extraio essa força contida dentro Do que eu toco, então hoje protejo Gris, seu amuleto Vai tentar me atacar, não acerta, sua intenção já sei Essas asas protegem, então é, cê não chega em mim Ele pediu que eu voltasse seguro, voltarei Mas antes, te bato até cair Eu sou muito mais do que eles pensam Eu sou muito mais do que eles pensam Vi valor onde ninguém enxergou Eu uso a meu favor, e hoje tu quebra tua cara Paradisíaco, esse lixo ouro virou Pra quem nasceu no inferno, o purgatório não é nada Foi destruído O que me fez protegido Pelas minhas mãos, então fui incapaz Preciso ser forte pra não ver mais Alguém ferido ou morto na minha frente A luva não quebra objeto somente Extraio o valor, todo o potencial Cê cumpriu seu dever, então pode seguir em frente Boato chega no ouvido, domínio proibido Uma mulher que sabe mais do paraíso É claro que eu vou, foda-se pro perigo Então quer que sejamos amigos? Eu não ligo Cê feriu um dos meus O que acontece, eu não sei dizer Memórias vem a tona Um cheiro nostálgico me fez poder entender Quem mexe assim com os outros, não pode ser perdoado Vai morrer! Algo em mim Tipo uma escuridão, faz ser impulsivo É que quem te salvou foi um anjo O culpado de eu cair do paraíso As luvas preenchem o vazio Que eu carrego comigo Por que não estender a mão Ao invés desses punhos, já que não somos inimigos? Pegos numa emboscada, por que tá com a arma dela? Informação, se é de graça, sempre vem com um risco Vândalos comprando briga, cê quer destruir o céu? Série vigia na mão, é meu tesouro e apenas isso Meu olhar distante, ainda diferente Preso num passado ausente Voando no céu rumo a destruição Ainda falta algo em ti, como sempre faltou em mim Mas encontrei gente disposta a estender a mão E chegaram aqui, pelo visto, tá fudido Só preciso destruir o núcleo, então pregos atiro Contra o tempo insisto, reuso, melhor, reciclo Aperfeiçoamento é bem-vindo, canhão destrói tudo no caminho Dentro de uma besta pra tentar alcançar a fronteira Seus braços não me param, porque tudo que me importa É poder sair vivo, Zodyl, eu tenho certeza Que eu vou continuar em frente até poder subir de volta Eu sou muito mais do que eles pensam Eu sou muito mais do que eles pensam Vi valor onde ninguém enxergou Eu uso a meu favor, e hoje tu quebra tua cara Paradisíaco, esse lixo ouro virou Pra quem nasceu no inferno, o purgatório não é nada