Meu corpo a pedir Arrego a ti Tortura e medo medram Meus olhos choram Bailas altiva e queres Meu corpo morto Vivo a dançar A valsa do desespero Vim sabendo da tempestade mas Vim voluntaria e compulsoriamente Para o bem da existência Vou me acostumar Com o escuro E depois fazer brotar A luz a parir Num ódio de intenso amor carnal Vou me habituar Com tua cara Beijar tua boca, engolir teu sorriso Mas vou me preparando Na construção da tua mortalha O meu caminho já está na mente Demente sou, acham, não, não Sinto amor com gosto de sangue e de alma