Constantemente com a cabeça nas nuvens Meu corpo completamente paralisado Nunca pensei que eu chegaria A esse estado deplorável Deitado em minha cama Preso por algemas apertadas Formadas de angústias Por mim mesmo colocadas Outra oportunidade de ser diferente Mas continuamos presos nesse quarto Você me olha com indiferença Julgando meu anonimato Ouvindo sempre a mesma música Nesse disco arranhado As horas que restam nos dias Me deixam assustado O que é um peido Pra quem já está cagado? O escuro em meu quarto Não me causa mais medo Mas ainda existem monstros Que puxam os meus cabelos O escuro em meu quarto Não me causa mais medo Mas ainda existem monstros Que puxam os meus cabelos Embaixo de minha cama Existem monstros Que puxam os meus cabelos Poderia eu, mudar esse contexto? Poderia por fim, nessa angústia e sofrimento? Quero acabar com essa vulnerabilidade Transformar toda dor em eletricidade Ir à procura de onde vive a felicidade Corra se puder Fique se for preciso Mas quando ele chegar Você sabe que será engolido As ruas da cidade serão meu corpo Nas minhas veias correrá o esgoto Contaminado pelo xixi do povo (Ai meu cu!) O escuro em meu quarto (medo) Não me causa mais medo (medo) Mas ainda existem monstros (medo) Que puxam os meus cabelos (medo) O escuro em meu quarto (medo) Não me causa mais medo (medo) Mas ainda existem monstros (medo) Que puxam os meus cabelos (medo) Ainda existem monstros Embaixo de minha cama Existem monstros Que puxam os meus cabelos (Medo)