O tempo nos parece mais pesado que o físico Nas margens do pântano eu não pesco e não adentro amor ao lume Amor ao bulício Não te vi nos arroios que cortam os caminhos do destino Resisto e guardo as sílabas Queimando prados floridos Colérico, um velho coração juvenil Poder profético, sibila na parede da cripta Por cima dos supérfluos, super fluo Atinjo o supra sumo, assisto ao lusco fusco inimigos da luz, ofusco Morcegos que na rede eu capturo Abduzo e depois trânsfugo-os De largo fôlego, corro contra o carma indômito Deposito pecados em dormitórios Logo acordo-os Lavro a terra e busco um bosque No céu aberto há luz de ovnis lembro que avistei Diomedes falando sobre a origem da espécie Homem na condição fugitiva imerge o homem Sente frio, busca o fogo Bebe rios, sente a si mesmo, algo incômodo Queima vivo Mas há coisas que o tornam febril E ele renova o ciclo, busca alívio Sente frio Busca o fogo Bebe rios e é porre de novo O tempo nos parece mais pesado que o físico Waking life acho o nome do filme Mas enfim assim tem uma cena do filme tem uma mulher E o cara começa a falar pra ela e ela começa a falar pra Ele sobre a relação que a gente tem com palavras e empatia E ela meio que tá bom a gente fala palavras (e começa a falar) Amor e ódio isso são coisas muito específicas de vivência de Cada um então cada palavra que a gente fala ela vai remeter uma Coisa diferente, é por isso que a linguagem ela faz com que a gente Consiga se comunicar mas na verdade ninguém se entende, porquê Quem n teve as mesmas experiências não consegue ter os mesmos significados entrelaçados com certas palavras. Amor e ódio E daí eu já pensava nisso ah são apenas palavras, não significa nada Nada disso faz sentido, são só palavras E daí eu lembrei disso