Em um barco naufragando
Arrastado por alguma correnteza
Com ondas violentas
Que me invadem
Não me deixam respirar

A submersão sem água
O afogamento com o ar
Aspirando o caos

As ondas me jogam
Perco o controle
Não há leme
E eu sei não sei como nadar

Invadido pelo mar
Um líquido invisível
O gosto é salgado
E arde nas paredes da pele arranhada

Como um veneno potente
Que paralisa
Impotente, afundo

Quantas vezes terei que morrer
Para enfim descansar?
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