Me dê algo pra dormir ou que faça meu corpo desacelerar Desliga a minha cabeça, fabrique um sorriso, me faça cantar Você que me adoeceu, agora apareceu pra me curar Implante-me a falsa noção de que tenho controle sobre meu querer Conduza o destino do mundo, ditando a verdade, lucrando meu ser Deturpe toda liberdade, me torne um detalhe em meu viver Vou calcular o prejuízo em meu juízo capital Vou me dolarizar Pra ver se a vida vale mais que 1 real Eu vou vender a parte da minha alma que restou Pra quando eu me afundar Poder comprar a cura que se encomendou É dinheiro que chama dinheiro, enquanto o suor brasileiro insiste em derramar O meu trabalho cansa pra caralho e não sobrou nem um centavo pra eu me organizar E quem mentiu pra quem não consentiu: Bolso vazio é combustível pra se corromper Com sangue quente, um pouco inconsequente, eu parcelei a minha mente pra sobreviver Então, banqueiro, me venda sossego, pois quem não dá, é pirangueiro, e eu me persuadir Ô seu banqueiro, cadê meu sossego? O juros levou ele inteiro e eu adoeci Vou calcular o prejuízo em meu juízo capital Vou me dolarizar Pra ver se a vida vale mais que 1 real Eu vou vender a parte da minha alma que restou Você quer me afundar pra me vender a cura Pra quando eu me afogar, poder lucrar com a cura que me envenenou