Vem festejar, na palma da mão Eu sou o samba, a voz do morro! Não dá pra conter tamanha emoção Cacique e Mangueira num só coração Salve a tribo dos bambas Onde um simples verso se torna canção Salve o novo Palácio do Samba O doce refúgio pra inspiração Debaixo da tamarineira Oxóssi guerreiro me fez recordar Um lugar, o meu berço num novo lar Seguindo com os pés no chão Raiz que se tornou religião Da boemia, dos antigos carnavais Não esquecerei jamais! Firma o batuque, quero sambar Me leva! A Surdo Um faz festa Esqueça a dor da vida, ô Caciqueando na avenida Sim Vi o bloco passando O nobre rezando e o povo a cantar Sim Era um nó na garganta Ver o Bafo da Onça desfilar Chora Chegou a hora, eu não vou ligar Minha cultura é arte popular Nasceu em Fundo de Quintal Sou Imortal e vou dizer Agonizar não é morrer Mangueira, fez o meu sonho acontecer O povo não perde o prazer de cantar Por todo universo minha voz ecoou Respeite quem pôde chegar Onde a gente chegou!