"Me criei a campo fora saltando de madrugada, Comengo mogango com leite e a carne gorda mal assada, E abrindo meu peito forte nos dia de gineteada." Fui parido numa mangueira de pura pedra e assentada Minha mãe quando me teve ficou inté assustada Não sabia se era gente ou cuiudo pra manada José Rotilho Lima se chamava meu avô Ele dizia este meu neto é quem vai doma essas éguas É indiáto novo e disposto e pra loco não falta nada E é pegado no lombilho, só apeia pra tomar água Quando era rapazote a recém soltando os curnio Meu pai me disse meu filho abandona um pouco o lombilho Já falei com a professora pra ela te redemoniá Nem que seja assinar o nome bem bom tu não vai ficar No outro dia bem cedo, as quatro da madrugada O fiambre já estava pronto, uma cabeça de ovelha assada E eu larguei frouxo nas aula no meio da gurizada Dona Iza professora que me ensinou o abecê Quando foi dali um ano pra meu pai eu fui dizer Na aula eu não vou mais volto pra estância domar Porque as letras eu já aprendi só me falta acuierá