Sou uma cria da fronteira Criado a leite de vaca EU fui templado ao rigor Nem mesmo a gripe me ataca Moro no meio do campo Lá no capão do xiró Tenho um cavalo amilhado E gosto de diversões Minha mãe uma chinoca Que usava fror no cabelo Me pariu a campo fora Pra ser gaúcho e campeiro Saiu esse queixo roxo Há de cumprir sua sina Sou taura e não cabresteio Nem com sinuelo de china Cresci como cresce um touro Levantando terra e escarvando Desde do ventre da minha mãe Já saltei atropelando Berrando grosso e bem forte Sobre na costa do uruguai Pois sou filho do rio grande Me orgulho de ti meu pai