Minha vertente secou Se amolou o Mano Lima A muié me abandonou Veja só que triste sina Perdendo a fama e o dinheiro, inté a amizade cai E a China, então, é a primeira que alça a cola e se vai Perdendo a fama e o dinheiro, inté a amizade cai E a China, então, é a primeira que alça a cola e se vai Fui trabalhar numa estância Veja só o meu azar O patrão era munheca Parecia um tamanduá Tinha dois guri de peão e um véio que era tumbeiro E o sogueiro era um Melado assustado e caborteiro Tinha dois guri de peão e um véio que era tumbeiro E o sogueiro era um Melado assustado e caborteiro Levantei de madrugada Eu gosto de saltar cedo Espetei uma cerne oleada Que trazia entre os pelego Num galpão véio escuro que chegava dar pavor Um guri vai cortar carne e me corta meu tirador Num galpão véio escuro que chegava dar pavor Um guri vai cortar carne e me corta meu tirador Depois que churrasquearam Começaram a discutir Hoje é tu quem recolhe Ontem fui eu que recolhi Eu recolho e tu recolhe e aquela seca me anojou Inventei de recolher e o Melado já derrubou Eu recolho e tu recolhe e aquela seca me anojou Inventei de recolher e o Melado já derrubou Depois, fumo camperear Na Invernada da Pitangueira As porteira atolavam Quase que inté a barrigueira Os gurizinho diziam: -O Tio Mano conhece a volta Apeia e abra pra nós o senhor que tá de bota! Os gurizinho diziam: -O Tio Mano conhece a volta Apeia e abra pra nós o senhor que tá de bota! Depois foram comer pesco Numa tapera da invernada Eu comi só um pesquinho E já senti que me cagava Me deu uma dor de barriga, foi o quanto a cinta afrouxei Não é que, de tanto azar, fui aos pé e me descadeirei Me deu uma dor de barriga, foi o quanto a cinta afrouxei Não é que, de tanto azar, fui aos pé e me descadeirei O véio ficou na estância Não se animou em botar as vaca Ficou na beira do fogo Assando mandioca e batata Eu levei a mão no tição pra acender o palheiro meu E o véio me olhou e disse: Larga a minha mandioca, seu! Eu levei a mão no tição pra acender o palheiro meu E o véio me olhou e disse: Larga a minha mandioca, seu! É triste, amigo, lhe digo Quando o índio anda azarado Isto aconteceu comigo Em agosto do ano passado Pra encerrar, tavam banhando e eu fui desvirar um terneiro Me atrapalhei com o gancho e caí dentro do banheiro Pra encerrar, tavam banhando e eu fui desvirar um terneiro Me atrapalhei com o gancho e caí dentro do banheiro Meio tonto ainda c o tombo E tapado de urucubaca Eu fui me embora para o povo E amiguei c o a Dona Sapa Hoje, vivo de povoeiro só o mosquedo é que me ataca Trabalhando de chureiro, vendendo bunda de vaca Hoje, vivo de povoeiro só o mosquedo é que me ataca Trabalhando de chureiro, vendendo bunda de vaca