Prólogo: Fecha os olhos e deixa-te conduzir. Estás em Budapeste. Inverno de 91. Ano 1 da queda do comunismo. É noite desde as 3 da tarde. O tempo está frio, gelado. Olhas à tua volta e vês uma cidade escura, de belos edifícios decrépitos, ruínas, fachadas enegrecidas pela poluição. Por todo o lado, filas de vendedores do mercado negro. As paredes estão repletas de cartazes, numa língua impossível, indecifrável. Tu sentes-te perdido. Mas eu conduzo-te. Segue-me. Cá vou eu no meu Traby De bar em bar a aviar Sempre a abrir a noite toda Sempre a rock & rollar Charro aqui charro ali Mais um vodka p'ra atestar Corro Peste corro Buda Sempre a rock & rollar As noites de Budapeste São noites de rock & roll P'las caves da cidade São só bandas a tocar Pondo tudo em alvoroço Tudo a rock & rollar Mulheres lindas de morrer Mini-saias a matar Não tem fim o reboliço Tudo a rock & rollar As caves de Budapeste São caves de rock & roll Cá vou eu no meu Traby De bar em bar a aviar Sempre a abrir a noite toda Sempre a rock & rollar Charro aqui charro ali Mais um vodka p'ra atestar Sempre a abrir a noite toda Sempre a rock & rollar' As noites de Budapeste São noites de rock & roll