Mais uma de nós sangra Mais uma que se vai Outra criança com sequelas Quem vai olhar por nós? A todo dia, a toda hora Somos arrastadas por um rio de sangue, feridas imundas Com tanta lama, tanto esgoto Enquanto eles Nos meus olhos sinto a chama No meu sangue a revolta E com o ódio que me toma Crio o veneno que os devora Eles tomam sem saber Acham que somos tão frágeis Mas até o fim da noite A vingança terá um gosto doce O que te faz especial? O que carrega entre as pernas? Se sente superior? Ah, faça-me o favor Quando chegarmos, não haverá Não haverá onde se esconder Por trás do patriarca, cidadão de bem É um frágil verme abusador Nos meus olhos sinto a chama No meu sangue a revolta E com o ódio que me toma Crio o veneno que os devora Eles tomam sem saber Acham que somos tão frágeis Mas até o fim da noite A vingança terá um gosto doce Acho bom estar preparado Quando suas vítimas vierem te buscar Cada uma se multiplica em várias Sem piedade ou misericórdia Pois os culpados devem pagar Nos meus olhos sinto a chama No meu sangue a revolta E com o ódio que me toma Crio o veneno que os devora Eles tomam sem saber Acham que somos tão frágeis Mas até o fim da noite A vingança terá um gosto doce Um gosto doce Terá um gosto doce Um gosto doce Um gosto doce Doce vingança