Em Em Será que a poesia agoniza Ou a gente é que caduca Bm Bm E ostenta a carapaça dura E anda pelo mundo feito múmia C B7 Em Alegando total falta de tempo Pra olhar atento o nosso entorno Em Em Será que nosso máximo é o morno? Já que nos falta leito pro repouso Bm Bm E tudo tente a se tornar mais torto Se a vida te aniquila com um sopro C B7 Em E o peito muitas vezes é o escudo Que pouco aguenta esse peso bruto Am Em C Por isso faço poesia de pílula Posologia contínua, dose diária B7 Aquela pra esfregar na minha cara Ao menos de oito em oito horas Am Em Por isso tem poesia nas bordas das fitas Que fixam meus cartazes C B7 Por isso tem poesia na cola Que esfola a parede e lhe tira tinta C B7 Em D Por isso não há nada que me afaste Iô, iô, iô, iô Em Bm Por isso ressuscito vivos E faço baterem as asas C B7 Em E ergo qualquer morada Com um simples ato de poesia C B7 Em C B7 Em Com um simples ato de poesia Com um simples ato de poesia